quinta-feira, 20 de julho de 2017

Campeão da Copa Conmebol 1994





A Campanha:
01/11-Grêmio 0x0 São Paulo                               Olímpico
11/11-São Paulo 0x0 Grêmio                               Morumbi
15/11-São Paulo 3x1 Sporting Cristal-PER        Morumbi
24/11-Sporting Cristal-PER 0x0 São Paulo         El Nacional
29/11-Corinthians 3x4 São Paulo                        Pacaembu
09/12-São Paulo 2x3 Corinthians                        Morumbi
14/12-São Paulo 6x1 Peñarol-URU                    Morumbi
19/12-Peñarol-URU 3x0 São Paulo                    Centenário Montevidéu 



 O EXPRESSINHO DO MURICY

Fonte: Efemérides do Éfemello
No HD de um são paulino, surgem palavras como "trauma", "derrota" ou expressões como "fim de uma era", "início das vacas maras", "tempos bicudos"O ano em que o tri da América esteve ao alcance das mãos. E que ficou nas mãos de Chilavert!
A memória mergulhada em traumas e derrotas, no entanto, também pinça algo bonito daquele 1994: o Expressinho. Campeão da Copa Conmebol. O primeiro título de Muricy Ramalho no tricolor paulista. O primeiro título de Rogério Ceni como titular.
Vista como obstáculo no calendário do segundo semestre, de Campeonato Brasileiro, a Conmebol foi relegada pela comissão técnica e diretoria.
Ficou decidido que Muricy, auxiliar de Telê, montaria um time com jovens promessas (Denílson, Caio, Pavão), jogadores que já faziam parte do profissional, casos de Rogério e Juninho, além de veteranos, como Vítor e Ronaldo Luís, eternamente nos corações são-paulinos por salvar gols em cima da linha, o mais importante diante do Barcelona, na final do Mundial de 1992.
A mescla deu samba. E taça! Enquanto o time de Telê tropeçava no Brasileirão – cairia nas quartas de final para o Guarani de Amoroso e Luizão e depois veria os rivais Corinthians e Palmeiras na decisão, com título alviverde –, o Expressinho de Muricy surpreendia e avançava na Conmebol.
Na primeira fase, já oitavas de final, o time encarou o Grêmio de Luiz Felipe Scolari. Um 0 a 0 no Olímpico deixava o confronto aberto para o Morumbi. Novo empate sem gols e pênaltis. Vaguinho, Ronaldo Luís, Caio, Bordon, Juninho e Rogério Ceni deram a vitória por 6 a 5 ao São Paulo.
Nas quartas de final, os peruanos do Sporting Crystal não foram páreo. O time saiu atrás no Morumbi, gol de Palacios, mas conseguiu a virada e boa vantagem para o duelo no Peru: 3 a 1, com Juninho, Caio e Denílson. A nota da noite fica por conta da rodada dupla de Juninho: primeiro, o Sporting Crystal pela Conmebol, depois, o Grêmio, pelo Brasileirão. Só em Latinoamérica mesmo!
As semifinais colocavam o jovem time diante de um rival histórico: nada mais nada menos que o Corinthians. Seria o caso de colocar os titulares agora? Decidiu-se por seguir com Muricy e o Expressinho, já que Telê estava preocupado com o Guarani e o Brasileiro.
Foram duas partidas elétricas no Pacaembu e no Morumbi. No Paulo Machado de Carvalho, 6.737 pagantes testemunharam partida com 7 gols, quatro no primeiro tempo e três no segundo. Juninho foi o homem da noite, com três gols, colocando o São Paulo em vantagem: 4 a 3.
O segundo duelo não foi diferente: 5 gols no tempo normal, 3 a 2 para o Corinthians, o que levava a decisão para os pênaltis (6 a 6 no agregado). Com falhas em dois gols corintianos, Rogério se redimiu nos pênaltis. Pegou o primeiro, de Gralak, e o último, de Leandro Silva. Ronaldo Luís, Bordon, o próprio Rogério, Catê e Nélson deram a vitória (5 a 4) e a classificação para a final.
Final contra uma camisa muito pesada na América, o Peñarol, do Uruguai. Em 14 de dezembro, apenas 4.995 torcedores assistiram ao show do Expressinho no primeiro jogo, no Morumbi. Aguilera, o “Pato” Aguilera, deu susto e abriu o placar, aos 4 minutos. No final do primeiro tempo, Caio conseguiu empatar e as equipes foram para o vestiário com a igualdade.
O segundo tempo foi mágico. Uma goleada inesperada, um desfile de dribles, irreverência e alegria dos meninos de Muricy. Três gols de Catê, outro de Caio e mais um de Toninho decretaram os 6 a 1. Uma vantagem e tanto para o caldeirão do Centenário, em Montevidéu.
Rogério Ceni, Pavão, Nélson, Bordon e Ronaldo Luís; Mona, Vítor, Pereira e Juninho; Denílson e Caio. Esses foram os 11 titulares na grande decisão. Eles seguraram a pressão na primeira etapa, mas acabaram levando três gols no segundo tempo.
Um 3 a 0 insuficiente para o Peñarol. Resultado que deu a taça ao Expressinho de Muricy.
Muricy que voltaria a ganhar títulos pelo time de coração em 2006. E em 2007… e 2008!
Mas essa(s) história(s) fica(m) pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

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