terça-feira, 18 de julho de 2017

Campeão Paulista de 1957


A Campanha:
09/10-São Paulo 1x1 Botafogo SP        Pacaembu
13/10-São Paulo 2x0 Jabaquara            Pacaembu
16/10-São Paulo 5x1 Portuguesa           Pacaembu
20/10-Corinthians 1x1 São Paulo           Pacaembu
27/10-São Paulo 0x4 Portuguesa           Pacaembu
03/11-Ponte Preta 0x2 São Paulo        Moisés Lucarelli
10/11-São Paulo 4x2 Palmeiras             Pacaembu
13/11-São Paulo 7x1 XV de Piracicaba   Pacaembu
17/11-Santos 2x6 São Paulo                 Vila Belmiro
20/11-São Paulo 6x2 Ponte Preta          Pacaembu
24/11-XV de Piracicaba 3x5 São Paulo   Rua Regente Feijó
30/11-Jabaquara 1x2 São Paulo           Vila Belmiro
03/12-Santos 2x2 São Paulo                Pacaembu
07/12-Botafogo SP 0x0 São Paulo   Luis Pereira Vila Tibério
15/12-Portuguesa Santista 2x3 São Paulo   Ulrico Mursa
19/12-Portuguesa 1x3 São Paulo          Pacaembu
22/12-Palmeiras 0x1 São Paulo            Pacaembu
29/12-São Paulo 3x1 Corinthians         Pacaembu

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JOGO DAS GARRAFADAS

Fonte: spfcpédia  Michael Serra 

 http://spfcpedia.blogspot.com.br/2007/12/50-anos-jogo-das-garrafadas.html

"A animosidade entre os jogadores era ainda maior. Num São Paulo e Corinthians - já valendo pelo Campeonato Paulista de 1957 -, o médio Alfredo, que acabara de trocar o tricolor pelo alvinegro, teve a perna fraturada numa dividida com o ponta Maurinho. Depois desse lance, o são-paulino Gino e o corinthiano Luisinho passaram o jogo inteiro se provocando, quase se estapeando em alguns momentos.

No dia seguinte, Gino, ao lado de outros jogadores do São Paulo, foram visitar o antigo companheiro Alfredo no hospital. Na saída, Lusinho, que se escondera sorrateiramente atrás de uma árvore, atirou um tijolo na testa de Gino, e saiu correndo, fugidio. Foi com esse espírito que são Paulo e Corinthians disputaram o Campeonato Paulista de 1957".

... Chegávamos à última rodada com chances de sermos campeões, pois o líder Corinthians, na penúltima rodada, viu sua invencibilidade de 35 jogos ruir diante do Santos na Vila Belmiro. E qual seria o jogo da última rodada? Sim, São Paulo x Corinthians. Quem vencesse seria o campeão; se houvesse empate, os dois, juntamente com o Santos, disputariam um triangular, na época chamado de supercampeonato.Como a atmosfera entre as duas agremiações estava bastante carregada, a Federação Paulista optou por trazer a melhor e mais cara arbitragem do futebol sul-americano. O juíz seria o carioca Alberto da Gama Melcher, e os auxiliares, os britânicos Cross e Lynch, que trabalhavam na Argentina. O São Paulo teria um desfalque importante para o jogo, o médio Dino Sani, contundido. Para piorar, seu reserva imediato, Ademar, também estava machucado, e o terceiro reserva, Sarará, não só não havia sequer jogado uma partida do campeonato, como estava afastado do elenco em virtude de um desentendimento com o técnico Bella Guttman. Foi preciso muito jogo de cintura para convencer o húngaro a aceitar sua escalação. Mas não houve outro jeito. Sarará sairia jogando.

A partida começou e logo aos 5 minutos o primeiro entrevero: uma dividida mais ríspida entre Gino e Luizinho, justamente os maiores protagonistas da animosidade entre os times. Aos 17 minutos, o primeiro gol da partida: Amauri recebe passe de Gino, avança pela extrema esquerda e fulmina o goleiro Gilmar, 1 x 0. O Corinthians sente o golpe e parte desesperadamente para o abafa. Dois minutos depois, Amauri passa a Canhoteiro, que livre na extrema esquerda e com um chute rasteiro, no canto direito, amplia a vantagem, 2 x 0. Na seqüência Rafael diminuiu para os alvinegros, 2 x 1, três gols em seis minutos! No segundo tempo, os alvinegros não saem da área tricolor; os são-paulino se defendem como podem, dando chutões muitas vezes.

Num desses chutes para cima, aos 34 do segunto tempo, Zizinho passa a Gino que, de primeira, toca a Maurinho. Em posição legal, ele ganha na corrida de Olavo, avança pela ponta-direita, pára diante de Gilmar e arremata, 3 x 1. Na comemoração, Maurinho olha para Gilmar e aponta onde está a bola, no fundo das redes. É a senha para a maior confusão já vista no estádio do Pacaembu. Gilmar parte em direção a Maurinho. A torcida corinthiana, inconformada com o suposto impedimento de Maurinho no terceiro gol, começa a jogar paus, pedras e, principalmente, garrafas em direção do bandeirinha Lynch, que validara o gol. A briga é generalizada, socos e pontapés são desferidos dentro do gramado e nas arquibancadas. O jogo fica paralisado por alguns minutos mas termina logo em seguida.

O São Paulo é campeão paulista de 1957. O Corinthians, que duas rodadas atrás queria o título invicto, nem o vice consegue, perdendo-o para o Santos. A crise provocada no alvinegro em virtude da vitória tricolor é tamanha que Cláudio, o ponta-direita do Corinthians, ainda hoje o maior artilheiro da história do clube, decide encerrar a carreira; Oswaldo Brandão é destituído do cargo de treinador, e o presidente Alfredo Ignácio Trindade não consegue se reeleger. É, nisso ele tinha razão: perder para o São Paulo é mesmo insuportável.

trechos do livro: São Paulo: Dentre os Grandes, És o Primeiro, de Conrado Giacomini.
 Curiosamente existem outros relatos com detalhes tão curiosos quanto estes apresentados. Pedro Luiz Boscato, telespectador da época, relata no Fórum da Jovem Pan:

Curioso esse episódio envolvendo Maurinho e Gilmar, naquela decisão de 57. Ouví várias versões sobre isso. Lembro bem, assistí o jogo também pela TV, quando o Maurinho marcou o terceiro gol, o que provocou a chuva de garrafas no gramado, ele deu um tapinha na cara do Gilmar e apontou para o gol. Ainda no gramado, jogo já encerrado, tanqüilamente, vi o Maurinho dar entrevista, ao ser indagado sobre o lance, ele disse que, ainda no primeiro tempo o Gilmar dizia para o Oréco: "Oréco, dentro da área não porque é penalti, mas, forá da área, pode dar para quebrar as duas pernas que falta eu garanto". Então, ao marcar o terceiro gol, o Maurinho, de leve, no sentido gozação, deu um tapinha no rosto do Gilmar e disse: "Pega lá".

Eu, confesso, não vi o Maurinho correr coisa nenhuma e nem o Gilmar sair atrás dele. Só se foi antes disso, da entrevista do Maurinho e o canal que eu estava assistindo então não pegou. Vi, sim, o Olavo, zagueiro central corinthiano, se dirigir ao bandeirinha e dar um pontapé, também não foi aquele pontapé, deu, mas também nada como comentam, na perna do bandeirinha, após o jogo terminado. Isso a TV pegou, eu vi e lembro bem.

Uma vez, também, lembro, Corinthians x São Paulo, um ligeiro desentendimento, terminada a partida, Gilmar e Gino. Gilmar dava entrevista, Gino falou qualquer coisa, Gilmar disse: "Se você quiser brigar também eu brigo". Ficou nisso.

Por fim, quem presenciou o jogo ao vivo ainda relata que Maurinho, ao parar de frente de Gilmar para fazer o gol, teria dito: "Em que canto voce quer?"

Em suma, a tradição de picuinhas e brigas completa hoje 50 anos.
29 de dezembro de 1957
Campeonato Paulista
São Paulo (SP) - Pacaembu
Público: 39.670 pagantes.
Renda: CR$ 2.409.040,00.
Árbitro: Alberto da Gama Malcher.

São Paulo FC 3 X 1 SC Corinthians P
SPFC: Poy; De Sordi e Mauro; Sarará, Vítor e Riberto; Maurinho, Amauri, Gino, Zizinho e Canhoteiro.

Tec.: Bella Guttman.
Gols do tricolor: Amauri, 17'; Canhoteiro, 19' do primeiro tempo; e Maurinho, 34' do segunto tempo.

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Em 1957, goleada e quatro gols de Gino Orlando

O 2º maior artilheiro da história do São Paulo foi o grande destaque do jogo contra a Ponte Preta

Fonte: SPFCPÉDIA por Michael Serra

 http://www.saopaulofc.net/noticias/noticias/historia/2012/4/26/em-1957,-goleada-e-quatro-gols-de-gino-orlando/

São Paulo e Ponte Preta jogaram pela primeira rodada do returno do Campeonato Paulista de 1957 no Pacaembu. O Tricolor vinha de goleadas sobre o Palmeiras (4 a 2), XV de Piracicaba (7 a 1) e Santos (6 a 2) e a expectativa de outra bela exibição era imensa.
A equipe são-paulina entrou em campo desfalcada do meia-esquerda Amaury (Celso jogou em seu lugar). Ainda assim, os tricolores não tomaram conhecimento do time campineiro. O jornal "Folha da Noite" relata o seguinte: "... o tricolor apresentou um magnífico futebol, vistoso, rápido e sobretudo positivo".
Gino foi o grande destaque da partida. Logo aos oito minutos do primeiro tempo, ele abriu o placar. Marcou o segundo gol três minutos depois, aos 11, e já aos 15 minutos da etapa inicial chegava ao "hat-trick". A Ponte Preta até assustou, marcando dois gols ainda no primeiro tempo (Aos 24 minutos, com Colombo, e aos 44 minutos, com Paulinho). Mas parou por ai.
Na segunda etapa, fazendo jus ao dito "vira três, acaba seis", o Tricolor fechou o jogo com gols de Zizinho (aos 15 minutos - o gol mais bonito do jogo), Gino novamente (aos 23) e Dino Sani (aos 27 minutos).
A nota triste do jogo foi a contusão do pivô ponte-pretano Carlito Roberto, que quebrou a clavícula em um choque com o ponta direita são-paulino Maurinho.
O São Paulo continuou arrasador naquele Campeonato Paulista, permanecendo invicto dai até o final da competição (seis vitórias, dois empates), daqual sagrou-se campeão!

SÃO PAULO 6 X 2 PONTE PRETA
Local: Estádio Municipal de São Paulo (Pacaembu)
Data: 20.11.1957
Árbitro: Carl Erich Steiner (Áustria)
Renda: Cr$ 260.920,00

Gols do São Paulo: Gino Orlando (4); Zizinho e Dino Sani
Gols da Ponte Preta: Colombo e Paulinho
SÃO PAULO: Jose Poy; Clélio e Mauro; Dino Sani, Víctor e Riberto; Maurinho, Celso, Gino Orlando, Zizinho e Canhoteiro. Técnico: Béla Guttman

PONTE PRETA: Andú, Bruninho e Derem; Pitico, Carlito Roberto e Carlinhos; Colombo, Airton, Paulinho, Bibe e Adamastor.

                                                           Gino Orlando

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