sexta-feira, 14 de julho de 2017

A compra do Canindé em 1944

 Fonte: São Paulo FC . net
Ainda jovem, no início de 1942, o São Paulo já era o 4º maior clube da cidade, com 9983 associados - mesmo não possuindo patrimônio recreativo e ainda sem conquistas de importância desde seu renascimento - superando tradicionais clubes sociais, como Pinheiros, Paulistano e Esperia. À sua frente vinham o Palestra (10.057), Corinthians (15.000) e Tietê (18.050).
Com o Pacaembu, o clube já havia sanado, temporariamente, o problema de onde treinar e mandar suas partidas. Mas a questão de proporcionar algo a mais a seus associados permanecia pendente. Foi quando a Diretoria de Esportes do Estado de São Paulo e a Associação Alemã de Esportes (Deutscher SC) procuraram o São Paulo FC com uma proposta.
O pequeno clube de imigrantes alemães alugava um pacato espaço no Canindé de um casal italiano, a família Vannucci, e, devido ao rompimento das relações diplomáticas do Brasil com os países do Eixo, buscavam uma maneira de se precaverem de futuros empecilhos. A Diretoria de Esportes ofereceu duas opções: a reforma e nacionalização de seus estatutos, ou o processo de incorporação por uma entidade já nacionalizada, brasileira.
O São Paulo FC, sob a figura de Décio Pacheco Pedroso, foi convidado pelo presidente da Deutscher SC, Henrique Schenk, a presenciar, no dia 13 de março de 1942, a Assembléia Geral do clube alemão que decidiria qual caminho seguiriam.
Por unanimidade a proposta de fusão foi a escolhida, sendo o SPFC escolhido como cerne dessa união, sob as condições de assumir a dívida do clube incorporado e manter as prerrogativas estatutárias de seus sócios. A Deutscher SC passava a existir como uma entidade filiada ao São Paulo, com relativa autonomia.
Cabia ao Conselho do São Paulo, entretanto, aprovar a referida associação, o que somente aconteceu em 04 de maio de 1942, antes ainda da declaração de guerra do Brasil ao Eixo (22.08). A partir de então, o Tricolor, honrando os compromissos assumidos pela Deutscher, passou a alugar o Canindé junto à família Vannucci.
Somente dois anos depois, em 29 de janeiro de 1944, é que o São Paulo FC compraria a propriedade de 44.400m² pelo valor de Cr$ 740.000,00 (quase equivalente ao passe de quatro Leônidas!), dos quais 340 mil foram pagos à vista (320 mil pelo São Paulo e 20 mil pela Associação Alemã de Esportes, como entidade filiada), e o restante negociado em parcelas anuais.
A Ilha da Madeira, como era conhecida a região por suas construções de madeira e pelas inundações da várzea do rio Tietê (quando ocorria, o único meio de acesso à "ilha" era o barco), abrigou o SPFC na década em que reinou absoluto. O Tricolor, porém, nunca jogou no Canindé. Usado somente como CT, o administrativo também para lá se mudou em 1944.

 http://www.saopaulofc.net/spfcpedia/a-historia-do-spfc/caninde/

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 OUTRAS FONTES
A História do São Paulo que os rivais deturpam

MENTIRA: Que 10 anos depois venderam para a Portuguesa o terreno que havia sido tomado de graça.
RESPOSTA: Ao incorporar o clube alemão em 1942, o São Paulo passou a pagar 80% do valor do aluguel do campo, que pertencia ao casal Vanucci, de italiano. Em 1944, o São Paulo comprou a área por 780 mil cruzeiros. O valor era quatro vezes maior do que foi investido na contratação de Leonidas da Silva. O clube só terminou de pagar esta dívida em 1951. Em 1955, vendeu o terreno para Wadi Saddi, conselheiro do próprio São Paulo e empresário do ramo de venda de carros, por 12 milhões de cruzeiros. No ano seguinte, ele vendeu o terreno para a Portuguesa de Desportos.

 http://blogs.spfc.net/wenderpeixoto/16862
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São Paulo no Canindé

Antes de inaugurar o Morumbi
Fonte: Terceiro Tempo 
Em 1944, dezesseis anos antes de inaugurar o estádio do Morumbi, o São Paulo adquiriu um terreno no bairro do Canindé. Neste local, foi construída uma sede social, um pequeno salão e vestiários e o time de futebol começou a treinar  , já que até então, os jogadores usavam um campo  acanhado no bairro da Mooca para se exercitar.
Em meados da década de 1950, o São Paulo vendeu o Canindé para um empresário que, tempos depois, o repassou para a Portuguesa. Com o dinheiro obtido, os cartolas tricolores pagaram parte do terreno onde viria a ser construído o Morumbi.Foi o primeiro grande patrimônio adquirido pelo São Paulo Futebol Clube
A partir de 1956 o local foi reformado, ganhando arquibancadas de madeira e alambrados. Por conta disso, o estádio passou a ser conhecido como "Ilha da Madeira". Em meados da década seguinte, a Portuguesa tornou-se proprietária do local, onde ergueu seu estádio
 Foto de janeiro de 1944 pertencente ao arquivo do São Paulo mostra o então presidente Décio Pedroso assinando a escritura da compra do terreno do Canindé. Ao seu lado Adulcinio dos Santos, Paulo Machado de Carvalho (de camisa clara), Cícero Pompeu de Toledo (primeiro da esquerda para a direita) e Porfírio da Paz (primeiro da direita para a esquerda)

http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/sao-paulo-no-caninde-4635

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